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artigo121. Estas palavras... proferir a alguém...Pessoas são insensiveis.sequer para perceberem o que se passa à volta. Sinto ...Sinto-me perdida. Pensei que ELE fosse meu amigo, pensei que o que fazia era por me amar... Fazia tudo para O manter com um sorriso na cara, e confesso nunca ligar ao facto de ele ser alcolátra...um pingaiada ignorante. Não pensava com a cabeça, apenas seguia o coração, e percebi tarde, que tudo o que ele fazia era aproveitar-se de mim, do meu corpo, e de tudo o que podia tocar. Por vezes, quando me deito, ainda o sinto em cima de mim, sinto o seu peso, o seu bafo, a forma como que agarrava...depois de saciado me batia, e por vezes ficava tão chateado, que eu via nos olhos verdes dele ódio,paixão,ciumes...que culpa teria eu? Confesso que nem sabia o que ele me tentava fazer. Só me lembro de o ver nu, tal como eu, e eu? Ficava quieta, deixando ele fazer tudo o que queria do meu corpo. Tinha alternativa? Não, a minha vida era ali.... só me restava aquela casa... Pensei que aquilo fosse certo.Um LAR!! Mas não era. Estava farta de tudo, um dia, decidi enfrenta-lo, ele ficou fulo, e tentou bater-me. Foi aí que cometi o pior erro da minha vida. Peguei a arma, escondida na gaveta e sem pensar, simplesmente disparei. Fiquei apavorada, vendo-o desvanecer-se, vendo seu sangue manchar a cama. Não era isto que eu queria?Queria paz.Felicidade.Lar. Agora estava livre, mas novamente sòzinha.Responsabilidades. Não aguento tudo isto.Depois veio a prisão mais e mais tristes esperiencias além das já encarceradas no amâgo de meu coração...o sistemaprisional o sistema social!Porque amei. Agora a velhice fisica...resta-me as lembranças.Mas, o coração...